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Síndrome do Intestino Curto

Perguntas e respostas sobre esse grave distúrbio gastrointestinal

por United Ostomy Associations of America - UOAA

A síndrome do intestino curto geralmente ocorre quando uma grande parte do intestino delgado foi removida cirurgicamente como resultado de doença ou lesão. Alguns pacientes com estomia também pode ter o que é se conhece síndrome do intestino curto. Será importante conversar com seu médico se achar que pode ter essa condição.

O que é síndrome do intestino curto?

A síndrome do intestino curto (SIC) é uma doença grave e crônica. Resulta da perda física e deficiência funcional de partes do intestino delgado, principalmente devido à remoção cirúrgica. A disfunção intestinal, uma condição associada, leva à incapacidade para absorver nutrientes e líquidos suficientes de sua dieta, necessários para sua saúde.

Causas comuns da SIC em adultos incluem doença de Crohn, eventos vasculares, complicações da cirurgia bariátrica e traumas. As causas comuns da SIC em pediatria incluem enterocolite necrosante, volvo (torção) do intestino médio, atresia (estreitamento ou ausência) intestinal, gastrosquise (má-formação congênita caracterizada por defeito na formação da parede abdominal) e malrotação.

Quais são os sintomas comuns?

Se você tiver SIC, pode apresentar sintomas relacionados à dificuldade em absorver as quantidades adequadas de vitaminas, minerais, nutrientes, eletrólitos e fluidos.

Adultos com SIC costumam apresentar sintomas de desnutrição, incluindo pele e unhas ruins, perda de peso e baixa energia. Bebês e crianças também podem não crescer e desenvolver-se. Os sintomas variam de acordo com o indivíduo.

Os seguintes sintomas podem ocorrer a qualquer momento, mas exacerbações indicam falta de funcionamento nutricional adequado:

• Diarreia (vários tipos) e alta eliminação na estomia. Esse sintoma principal é frequentemente acompanhado por desidratação, desnutrição, perda de peso e fadiga. As razões variam com o tipo de remoção e a quantidade e funcionalidade do intestino remanescente.
• Dor abdominal e distensão abdominal.
• Perda de peso e desnutrição.
• Desidratação.
• Fadiga e fraqueza.

Como a síndrome do intestino curto é diagnosticada?

O diagnóstico de SIC é baseado em uma combinação de histórico médico, exame físico, exames laboratoriais, exames de imagem e avaliação de laudos operatórios.

Como é tratada a síndrome do intestino curto?

As opções de cuidado para a SIC são específicas do paciente e complexas. Muitos fatores determinam o cuidado, como as partes, comprimento e função da porção remanescente dos intestinos após a cirurgia. O plano de cuidado pode mudar com o tempo. O provedor do tratamento, muitas vezes com a ajuda de nutricionista ou técnico em apoio nutricional certificado, desenvolverá um plano que seja melhor para cada paciente.

Se você for um paciente com SIC, poderá ter problemas para absorver a quantidade adequada de nutrição e fluidos de sua dieta. É por isso que o objetivo principal do tratamento é garantir que você obtenha a nutrição e os líquidos de que precisa (incluindo proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais). Ao mesmo tempo, seu provedor se concentrará no manejo dos sintomas usando uma variedade de terapias.

Pacientes que não consigam manter nutrição e hidratação por via oral podem depender de nutrição intravenosa (IV) e hidratação. Isso é comumente conhecido como “suporte parenteral” (SP) ou “nutrição parenteral” (NP). O acesso de IV precisa ser estabelecido com uma IV especial que possa permanecer no local por um período prolongado. SP ou NP são frequentemente administrados apenas na hora de dormir para permitir que os pacientes tenham atividade normal durante o dia.

Quais são as complicações comuns?

Se você tiver SIC, também poderá experimentar algumas complicações comuns a essa condição. Nem todos as experimentam. Estas são algumas complicações comuns:

• Desidratação.
• Perda de peso e desnutrição.
• Anomalias/desequilíbrios eletrolíticos.
• Deficiências de vitaminas e minerais.
• Acidose.
• Supercrescimento de bactérias do intestino delgado.
• Pedras nos rins.
• Complicações da linha central (como infecções).
• Hipersecreção gástrica.
• Pedras nos rins.
• Obstruções intestinais.
• Doença hepática associada à insuficiência intestinal (fibrose hepática).
• Cálculos biliares.
• Baixa densidade mineral óssea.

Novamente, é importante conversar com seu médico se você achar que pode ter essa condição.

Fonte: United Ostomies Association of Americas (UOAA). New Ostomy Patient Guide. Acesso em 21 mar. 2021.
Tradução e adaptação: Rogério Gonzalez Fernandes (pela FEGEST)

 

 

 

 

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