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Localização e Demarcação do Estoma

A localização correta da estomia permite o cuidado adequado do estoma e da pele periestomal.

O manejo dos cuidados com o estoma e a pele perístoma inicia-se no pré-operatório. É nessa fase que se tentará sanar as dúvidas levantadas pelo paciente, que o (a) estomaterapeuta deve avaliar não só a melhor localização do estoma, além de ser uma fase muito importante para avaliar a pele periestomal (ou pele perístoma, peristomal) pois é o local onde devem ser fixados os sistemas de coleta de efluentes. A escolha do local onde será colocado o estoma é de suma importância, pois esse procedimento está diretamente relacionado à reabilitação psicológica e física do paciente. A principal função da demarcação do estoma é a redução de possíveis complicações do estoma e da pele periestomal, tanto complicações precoces quanto tardias, dentre elas: irritação da pele e má adaptação do paciente.

Por que o músculo reto abdominal é escolhido? A abertura do estoma deve ser realizada através do músculo reto do abdome para minimizar prolapso e hérnia, e na parte mais proeminente para facilitar a visão do paciente, pois para que o paciente realize os cuidados é necessário que tenha uma boa visibilidade da área.

Entretanto, deve-se considerar que:

• Se for muito alto, o paciente pode ter dificuldade em dissimular o dispositivo com as roupas.
• Se estiver muito baixo, pode ser mais difícil fixar os dispositivos.

O estoma deve estar longe o suficiente da incisão cirúrgica, fístula ou área de drenagem para minimizar a contaminação bacteriana e fornecer ampla área de superfície para a bolsa; deve projetar-se alguns centímetros da superfície do abdome, ou seja, o estoma não deve ser plano, pois isso garantirá que passe pelo orifício dos sistemas de coleta de efluentes que serão armazenados diretamente nas bolsas coletoras, minimizando o risco de vazamentos e evitando o uso de materiais como bolsas ou cintos convexos (esses sistemas estimulam o estoma a projetar-se para fora).

Deve ser posicionado a certa distância do umbigo, cicatrizes e outras superfícies irregulares, para que a área da bolsa fique lisa e nivelada, reduzindo assim o risco de descolamento ou vazamento.

As proeminências ósseas devem ser evitadas. A crista ilíaca pode colidir com a bolsa quando a perna se movimenta, causando desconforto e levando a fricções e até lesões; o rebordo costal também deve ser evitado, pois pode tornar-se incômodo quando o paciente se reclinar.

Evite a pele que foi ou será irradiada.

O uso de aparelhos ortopédicos, incluindo órteses e cadeiras de rodas, também deve ser considerado antes da demarcação.

Um círculo de 3,5 cm de pele lisa e intacta ao redor do estoma permitirá a fixação segura da maioria dos sistemas de bolsas de estomia. Portanto, determinar o local ideal para a estomia pode ajudar a reduzir problemas pós-operatórios como:

• Vazamento,
• Necessidade de bolsas personalizadas,
• Irritação na pele,
• Dor e preocupação com roupas,
• Além de reduzir o uso de acessórios que de outra forma não seriam necessários.

Por fim, a escolha de um local adequado para a colocação do estoma permite que o paciente se torne independente; ao contrário, quando o local de colocação do estoma não for adequado, veremos pacientes totalmente dependentes e incapazes de cuidar de si, pacientes com autoestima baixa e incapacidade de levar uma vida normal e independente.

Fonte: Ubicación del estoma; marcaje del estoma II. Disponível na URL <>. Acesso em 01 abril 2022.
Tradução e adaptação: Rogério Gonzalez Fernandes (pela FEGEST).

 

 

 

 

 

 

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