logotipo_fegest
Apoiadores
Sobre
Diretoria
Prevenção
Perguntas
Novidades
Guia do Estomizado
Links
Contato

 

Foto da Internet

Estomia e Autoaceitação

Além de uma nova condição fisiológica, a autopercepção e a aceitação do paciente após a cirurgia de estomia também podem ser um desafio psicológico.

Para muitos pacientes, a falta de orientação para lidar com as novas circunstâncias pode dar lugar a outros problemas médicos e mentais, como doenças depressivas e introversão social.

O efeito disso vai além do bem-estar físico do paciente e pode afetar todos os aspectos da sua vida, incluindo os seguintes:

• Interações sociais.
• Questões psicológicas.
• Atividades econômicas e crescimento profissional.
• Espiritualidade.
• Independência.
• Vida familiar.

Fatores que podem afetar a autoaceitação de uma pessoa estomizada

Todos os pacientes são afetados emocionalmente por terem diferentes meios de eliminação. No entanto, as circunstâncias individuais desempenham um papel importante na determinação de como a autoestima de um paciente reage à cirurgia.

Algumas dessas circunstâncias incluem as seguintes:

Causa da estomia. A condição de saúde primária é importante. Um problema incurável como o câncer pode ser mais devastador do que um traumatismo.
Duração da estomia. As estomias permanentes têm maior probabilidade de impactar negativamente em um paciente do que as temporárias.
Status socioeconômico. Uma pessoa estomizada tem preocupações contínuas em relação ao cuidado do estoma. Falta de apoio adequado à saúde ou de acesso aos meios financeiros para suprir esses custos podem levar uma vida menos digna. A situação financeira também pode determinar se os pacientes atendem às suas necessidades nutricionais. Esse fator afeta a saúde geral, incluindo bem-estar mental e autoaceitação. Considerando isso, podemos compreender a fundamental importância de políticas públicas voltadas às pessoas estomizadas.
Idade. De modo geral, pessoas de diferentes idades enfrentam a vida de diferentes perspectivas. Um jovem estomizado pode estar muito mais preocupado com a vida com uma estomia em relação a objetivos de carreira, amor e intimidade, bem como aceitação ou rejeição pelos colegas e pela sociedade. Uma pessoa idosa pode ter preocupações semelhantes, mas o impacto na sua autoimagem e aceitação será diferente.
Complicações relacionadas com a estomia. Se isso ocorrer, é mais provável que o paciente desenvolva uma autoaceitação ruim devido ao aumento do estresse físico e mental. Isso trará impacto adicional sobre os aspectos já discutidos do seu quotidiano.

Como ajudar os pacientes estomizados a aumentar a autoaceitação

A autoaceitação de uma pessoa estomizada é o primeiro passo para viver com sucesso com uma estomia. As chances para isso são aumentadas pela forma como o paciente é preparado antes da cirurgia e pelo suporte dado após o procedimento.

Antes da cirurgia

A equipe de saúde deve ajudar o paciente a entender:

• Porque a ostomia é necessária.
• O que o procedimento cirúrgico implica.
• As mudanças esperadas na aparência do seu abdômen.
• A duração esperada da estomia.
• Avaliar a opinião geral sobre a cirurgia e as perspectivas de ter uma estomia, possivelmente pelo resto da vida, e depois ajudá-lo a lidar com essas emoções.

Depois da cirurgia

Esse é um momento crítico em que muitos pacientes podem entrar em depressão e negação. Uma enfermeira estomaterapeuta ou outro profissional médico qualificado pode ajudar a melhorar a autoaceitação do paciente com as seguintes medidas:

• Visitar o paciente com frequência e tratá-lo com dignidade.
• Incluir o apoio emocional ao oferecer treinamento de cuidados do estoma.
• Ajudar o paciente a aceitar que o estoma é agora parte dele e está lá para ajudá-lo a viver uma vida melhor do que poderia ter com a doença que exigiu a cirurgia. Isso pode ser feito motivando o paciente a olhar e tocar o estoma.
• Incentivar o paciente a falar sobre seus sentimentos positivos e negativos.
• Identificar a taxa de aceitação do paciente e encaminhá-lo a outros profissionais qualificados para uma abordagem de suporte integrado.
• Informar o paciente sobre os acessórios da estomia que podem ajudá-lo a levar com confiança uma vida mais ativa e produtiva.
• Ajudar o paciente a entender as medidas nutricionais que podem ajudá-lo a lidar com problemas com consistência e odor dos dejetos, flatulência e evacuação do estoma.

Essas medidas somam-se ao incentivo que o paciente deve ter para participar ativamente do manejo rotineiro do estoma, como colocar e esvaziar sua bolsa coletora.

Fonte: Ostomy Self-Acceptance.
Tradução e adaptação: Rogério G. Fernandes (pela FEGEST).

 

 

 

Estatuto da Federação Gaúcha de Estomizados - FEGEST